Mr. Domingues

Sempre ouvi que escrevo demais, e-mails longos, cartas intermináveis para namoradas, nunca consegui usar Post-it, enfim, bem ou mal eu gosto de escrever. A intenção é que isso aqui sirva como uma "descarga mental" onde comento fatos, acontecimentos e pensamentos, na verdade, tudo que me der vontade. Sabe quando se vê um filme, lê um livro ou algo no jornal e ficamos com vontade de discutir com alguém sobre o assunto? É pra isso que esse espaço serve, assim eu incomodo menos quem está à minha volta e começo a incomodar anônimos internet afora que queiram ser incomodados. Mas é claro que não vou fugir muito dos meus hobbies, interesses pessoais e profissionais, como saúde, atividade física, esporte, tecnologia e música.

domingo, 1 de agosto de 2010

Estudar pra quê?
Pela primeira vez coloco aqui um texto que não é meu, mas ao ler percebi que partilho do mesmo ponto de vista em relação aos alunos que passam pelos bancos das universidades. Minha vida acadêmica de professor iniciou em 2003, mas já foi tempo suficiente para conseguir enxergar essa mesma "classificação" dos alunos que o autor explica abaixo. E possivelmente a dedicação para tudo na vida resulte em finais semelhantes à vida acadêmica, em que podemos ser desde excelentes até medíocres, dependendo principalmente do nosso empenho e força de vontade. Só discordo do autor porque acho que existem exceções para ambos os lados, tanto alguns muito bons que acabam tomando outro rumo na vida (quase sempre por opção), bem como aqueles que se dão bem sem merecer (quase sempre por sorte). Mas vamos ao texto.

Se é importante fazer faculdade, por Eduardo Jablonski
Hoje, pouco antes de começar minha aula, ouvi uma aluna defendendo a seguinte opinião: “Para que fazer faculdade? Depois ficaremos obrigatoriamente desempregados. Todos os meus conhecidos que se formaram não trabalham na área.” Aristóteles que me perdoe, mas ela tem e ao mesmo tempo não tem razão. Pela minha experiência, acompanhando a carreira de centenas e até milhares de pessoas nos últimos 20 anos, concluo que as pessoas graduadas com nível superior se dividem em três grupos.
O primeiro abriga os relapsos, os que não gostam de estudar, os que faltam muitas aulas, os que copiam trabalhos de colegas ou da internet, os que não prestam atenção na fala do professor, os que não leem a bibliografia solicitada, os que não pesquisam, os que não procuram livros sobre a matéria, para tentar se aperfeiçoar, os que faltam às aulas quando há palestras. Esses caras jamais conseguirão trabalhar na área na qual se formaram. Se arranjarem vaga, será com certeza por tempo reduzido. A incompetência os demitirá. Sei de jornalista de meio impresso que acha que repórter não precisa dominar a gramática da Língua Portuguesa. É por pensar assim que ele, em 15 anos de profissão, tendo se formado em uma grande universidade, nunca obteve espaço em grandes jornais.
O segundo grupo engloba pessoas que fazem tudo pela metade. Estudam um pouco, leem alguma coisa, prestam atenção no professor, têm alguma assiduidade. Mas não são dedicados, não se esforçam tanto quanto seria necessário, não suam sangue para obter promoções ou empregos importantes. Esses indivíduos vão trabalhar na área, sim, mas não atingirão os melhores postos, a não ser por milagre ou por amizade.
O terceiro grupo envolve os estudiosos, os que leem a respeito do campo que escolheram o tempo todo, os que passam a madrugada sobre os livros, os que estudam regularmente e, quando necessário, param tudo para estudar ainda mais. Esses homens e mulheres serão os vencedores de amanhã. Talvez nunca fiquem desempregados.
Conheço dezenas e até centenas de casos em cada um desses grupos e nunca vi exceção. Abri essa alternativa, porque não sou o dono da verdade. Posso estar equivocado. Mas, concluindo, não é verdade que não adianta estudar, que é perda de tempo. Quem se dedica se dá bem, e quem não se dedica se dá mal. É simples assim. A verdade em geral é simples.

Um comentário:

  1. Eu já vi muita exceção para o lado ruim...infelizmente!
    O que me deixa "P" da vida!
    Mas, acredito que mais cedo ou mais tarde a vida se encaminha de ser mais justa.

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